Vaginismo em Sorocaba
Vaginismo, também chamado de Transtorno da Dor Gênito Pélvica/ Penetração, é uma disfunção sexual feminina que provoca a contração involuntária (não intencional) dos músculos do assoalho pélvico tornando dolorosa ou impossível à penetração, quer seja durante a relação sexual e/ou na introdução de absorvente interno, espéculo vaginal, aplicador de pomada, entre outros objetos, mesmo que a mulher tenha o desejo em realizá-lo. Essa contração muscular excessiva é uma reação defensiva do corpo em situações consideradas inconscientemente ameaçadoras ou em resposta a um estímulo de dor.
O Vaginismo pode afetar mulheres de diferentes maneiras. Há casos de pacientes que conseguem realizar exames ginecológicos, mas não são capazes de ter relações sexuais. Outras têm relações somente com penetração parcial e relatam dor, sensação de ardência e/ou queimação. Existem ainda casos mais severos com pacientes que se mantêm virgens por muitos anos após o casamento, pois apresentam incapacidade de permitir a penetração. A dificuldade é constante e recorrente, podendo ocorrer em uma situação e não obrigatoriamente nas demais.
O Vaginismo é classificado como uma disfunção sexual de acordo com os critérios do DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), documento feito pela Associação Americana de Psiquiatria, utilizado mundialmente por profissionais da saúde que lista os critérios para diagnóstico de diversas disfunções.
Em 2013, sua última revisão, outra disfunção sexual conhecida como Dispareunia, penetração com presença de dor, se uniu ao Vaginismo formando o chamado Transtorno da Dor Gênito Pélvica/Penetração descrita como: Dificuldades persistentes ou recorrentes com um (ou mais) dos seguintes:
1. Dificuldade de penetração vaginal durante a relação sexual.
2. Dor vulvovaginal ou pélvica intensa durante a relação sexual vaginal ou nas tentativas de penetração.
3. Medo ou ansiedade intensa de dor vulvovaginal ou pélvica em antecipação a, durante ou como resultado de penetração vaginal.
4. Tensão ou contração acentuada dos músculos do assoalho pélvico durante tentativas de penetração vaginal.
Tipos de vaginismo
Primário ou vital:
Dificuldade apresentada desde a primeira tentativa de penetração. A dificuldade pode não ser óbvia até a primeira tentativa de relação sexual. Algumas mulheres tentam por meses e até por anos sem sucesso a penetração total. Outras, que optaram pela perda da virgindade após o casamento, descobrem o problema somente na lua de mel.
O principal sinal é o aparecimento de dor progressiva durante a relação sexual. É quando a mulher, já em sua vida sexual ativa, desenvolve a disfunção, havendo ou não causa física ou psicológica como: intervenção ginecológica (aborto, parto difícil, etc.), mudanças hormonais, período pós-parto, radioterapia, alterações atróficas na menopausa ou patologia pélvica. Na menopausa, com as mudanças hormonais, ocorre a perda de flexibilidade e irrigação da mucosa vaginal, diminuindo a lubrificação, causando dor na penetração.
Com base em nossa prática clínica, constatamos que nem todos os casos possuem causa única. Normalmente, há uma junção de fatos que levam ao desenvolvimento da disfunção. As principais causas físicas e psicológicas que podem desencadear o desenvolvimento de vaginismo são:
Primeira relação sexual insatisfatória, dolorosa e/ou forçada;
Tentativas de penetração dolorosas ou violentas;
Exame médico traumático;
Lesões na vulva ou vagina;
Anormalidades do hímen;
Doenças sexualmente transmissíveis;
Relações dolorosas depois de infecções vaginais mesmo após tratamento;
Atrofia vaginal: principalmente após a menopausa;
Vulvodinia / vestibulodinia: dor crônica na abertura da vagina;
Doenças inflamatórias pélvicas;
Pós-parto doloroso;
Líquen escleroso: doença que provoca manchas brancas na pele, geralmente na região genital;
Abusos sexuais ou estupro;
Educação sexual rígida;
Fatores religiosos;
Tratamento para Vaginismo
O vaginismo é considerado um dos distúrbios sexuais femininos tratáveis com índice de sucesso muito grande. Estudos demonstraram que as taxas de sucesso no tratamento chegam a 90%. O tratamento segue um processo evolutivo, em formato passo-a-passo. A abordagem de tratamento eficaz reúne exercícios de controle do assoalho pélvico – fisioterapia, exercícios de inserção ou de dilatação, técnicas de eliminação da dor, exercícios que ajudam a mulher a identificar, expressar e resolver quaisquer componentes emocionais que contribuam para o problema e mais recentemente com a aplicação da toxina botulínica como sustentação para o sucesso dos demais. As etapas de tratamento muitas vezes podem ser concluídas em casa, permitindo que a mulher tenha o seu próprio ritmo em privacidade, ou em cooperação com seu profissional de saúde.
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